sábado, 1 de março de 2008

SALA ONLINE DE TEOLOGIA -BIBLIOLOGIA: CIÊNCIA DA HISTÓRIA E COMPOSIÇÃO DOS LIVROS SAGRADOS.


Bem vindos a sala online de teologia do S.T.S. Está foto da criança lendo um livro com sede de aprender será o símbolo da nossa SALA.

Todas as máterias do currículo do S.T.S vão ser colocado aqui em seus vários desdobramentos e angulos teológicos. Os professores irão colocar aqui a síntese das aulas e as leituras obrigatórias. Inaugurando a sala online de Teologia a matéria de Bibliologia. Boa leitura.

Introdução ( Parte I)
O Objetivo de Deus é que todos os Seus filhos cresçam na graça e no conhecimento (Ef. 4.11-16). A estagnação espiritual não é vontade de Deus e nem faz parte do seu santo plano. O Apóstolo Paulo, escrevendo aos irmãos de Efésios, diz: “...não devemos ser como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro.” (4.14)
Todos os filhos de Deus são convocados para conhecer a Deus, pois a própria Bíblia mostra para nós três tipos de doutrina ou seja de ensino:

· A Doutrina de Deus: (Dt. 32.2; Pv. 4.1-27; Mt. 7.24-29; Lc. 4.32; At. 2.42;
13.12; Tt. 2.1)
· A Doutrina de Homens (Mat. 15.9; Col. 2.22; Tt. 1.14)
· A Doutrina de Demônios (I Tm. 4.1)

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repressão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra” (II Timóteo 3.16-17 NVI)

A Bíblia é o fundamento para todo o estudo cristão. Ela é, sem dúvida, o registro das palavras e dos feitos de Deus ao longo da história. Ela não foi escrita somente para teólogos, pastores, estudiosos, etc., mas para todo o Povo de Deus.
A partir deste momento iremos estudar a matéria Bibliologia (Estudo da Bíblia), mostrando, inicialmente, que a mesma se divide em duas partes principais: O Antigo Testamento e o Novo Testamento.

Como a palavra “testamentum” significa “aliança”, em latim, o Antigo Testamento mostra a aliança que Deus fez com o seu povo no Monte Sinai (Ex. 19.5). Ele foi escrito pela comunidade judaica, sendo preservado durante um milênio, ou mais, até o tempo de Jesus.

Já o Novo Testamento mostra uma aliança entre o Deus santo e a humanidade perdida, instituída pelo nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Ele mesmo disse: “Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós.” O Novo Testamento foi composto pelos discípulos do Nosso Senhor Jesus Cristo, ao longo do século I d.C.

A palavra “testamento” significa uma aliança, pacto ou acordo celebrado entre duas partes. No Antigo Testamento temos o contrato antigo, feito entre Deus e o seu povo (Judeus), e no Novo Testamento temos a aliança entre Deus e os cristãos, através de Cristo Jesus.
Jesus Cristo, sem dúvida alguma, é o tema central da Bíblia, desde o seu início até o fim. Já em Gênesis 3.15, no início, dá para perceber a presença do que se pode chamar de primeiro evangelho (Boas-Novas), mostrando Jesus como o prometido da semente da mulher. Em Apocalipse, o mesmo Jesus prometido está sentado no grande trono branco, julgando a todos os homens.

A palavra Bíblia, na língua grega, significa “livros”, uma coleção de livros que foi escrita ao longo de 1.200 anos, por vários autores, envolvendo um total de 40 pessoas.

Bíblia: Origem, Significado e História

Apesar da Bíblia ser uma coletânea de 66 livros, 39 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento, para efeito do processo de canonização todas essas seções foram reunidas num só livro.

A palavra portuguesa “Bíblia” vem do grego “biblion” (livros). Por volta do século II d.C., os cristãos gregos já chamavam suas Escrituras Sagradas de “Bíblia” (os livros), palavra que os estudiosos dizem derivar do nome da cidade fenícia de Biblos, que era um dos antigos e importantes centros produtores de papiro (papel antigo). Dessa forma, o vocábulo “Bíblia” significa coleção de Livros pequenos.

A Bíblia foi escrita originalmente em papiro e pergaminho (II Tm. 4.13). Enquanto o papiro era uma planta aquática, o pergaminho era feito de pele de animais, que era preparada para a escrita. O formato da Bíblia, neste período, era de rolos, um para cada livro (Lc. 4.17-20). Também vale ressaltar que a Bíblia era toda escrita com letras maiúsculas, uma vez que a diferença entre maiúsculas e minúsculas só veio a acontecer no século IX.

A princípio, a Bíblia não era dividida em capítulos e versículos, fato que só ocorreu em 1226, através do trabalho de Stephen Langton, que separou a Bíblia em capítulos para facilitar a leitura. Em 1445 o Rabi Nathan dividiu o Antigo Testamento em versículo e em 1551 Robert Stevens introduziu a divisão em versículos para o Novo Testamento. A Bíblia contém 1.189 capítulos e 31.173 versículos.

No segundo século da Era Cristã os chineses inventaram o papel e em 1456 o alemão Johann Gutenberg inventou a prensa tipográfica. Foi a partir dessas descobertas e invenções que a Bíblia deixou de ser copiada à mão, começando a ser imprimida mecanicamente.
Quando a Bíblia foi impressa pela primeira vez, em 1560, ela já veio dividida em capítulos e versículos. A primeira Bíblia a ser imprensa foi a “Vulgata”, de Jerônimo, ficando conhecida como a “Bíblia de Gutenberg”. Vale registrar que Jerônimo traduziu a Bíblia do grego para o latim, Basicamente, a Bíblia foi escrita em duas línguas: O Antigo Testamento em Hebraico e o Novo Testamento em Grego.

Os estudiosos dizem que o autor da Bíblia é Deus, seu real intérprete é o Espírito Santo e que o seu assunto central é Jesus Cristo. Os TEÓLOGOS também dizem que o homem deve ler a Bíblia para ser sábio, deve crer nela para ser salvo e deve praticar seus ensinos para ser santo.
Alguns estudiosos gostam de resumir os 66 livros da Bíblia em CINCO palavras, todas elas apontando para o Nosso Senhor Jesus Cristo:

· Preparação: Todo o Antigo Testamento trata da preparação do mundo para o advento de Cristo;

· Manifestação: Os Evangelhos tratam da manifestação de Cristo ao mundo como Redentor;

· Propagação: Os Atos dos Apóstolos tratam da propagação de Cristo por meio da Igreja;

· Explanação: As Epístolas tratam da explanação de Cristo, transformando-se nos detalhes da doutrina cristã;

· Consumação: O Apocalipse trata de Cristo consumando todas as coisas.

Até a próxima aula.
Prof: Pr. Carlos Augusto Lopes

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