quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

AS MATRÍCULAS DO SEMINÁRIO TEOLÓGICO DO SUL DE 2011 JA ESTÃO ABERTAS.

O Seminário Teológico do Sul, já está com suas matrículas abertas para o ano de 2011. Todos os candidatos devem reservar suas vagas pelo telefone (48) 3626 11 71 e conversar com a secretária Jane Botega no horário das 14:00 horas até as 18:00 horas de segunda a sexta feira. Ou entrar em contato com o diretor do Seminário Teológico do sul, pastor Carlos Augusto Lopes - 48 - 3626 47 56 - pastorcarloslopes@hotmail.com

Se você ja é aluno do S.T.S. deve participar da conferência Teológica de Abertura das aulas e dos trabalhos de 2011. Cada aluno do Seminário que conseguir mais dois alunos terá desconto em sua mensalidade.


SEMINÁRIO TEOLÓGICO DO SUL
TEOLOGIA SE APRENDE EM CASA

sábado, 25 de dezembro de 2010

PORQUE ESTUDAR TEOLOGIA: REFLEXÃO E APONTAMENTO

A Bíblia é a Palavra de Deus para o homem; o credo é a resposta do homem para Deus
(Dr. Philip Schaff)

A Teologia conseqüente é: pessoas de fé, usando suas mentes para compreender quem Deus é e como Ele age.
( Dr. Eugene H. Peterson).

Teologia consiste, principalmente, no seu uso e prática, e não na sua especulação.
( Dr. Martinho Lutero)

No contexto da fé cristã, a teologia não é o estudo de Deus como algo abstrato, mas é o estudo do Deus pessoal revelado na Bíblia.
( Franklin Ferreira e Alan Myatt)

Em seu livro Teologia Sistemática: Uma análise histórica, bíblica e apologética para o contexto atual, os teólogos Franklin Ferreira e Alan Myatt, mostram a importância de estudarmos as doutrinas centrais da fé cristã para o contexto complexo que nós vivemos hoje como igreja brasileira.

Longe de ser um trabalho árido a teologia é um trabalho árduo, prazeroso e sério. Os teólogos citados acima no capítulo “ Introdução ao Estudo da Teologia Cristã”, afirmam dizendo que desde os dias dos apóstolos, o estudo da teologia foi um elemento essencial na vida da igreja cristã.

Paulo, João e os demais autores do Novo Testamento foram os primeiros teólogos cristãos. Os pais da igreja primitiva seguiram seus passos, expondo e ensinando as doutrinas bíblicas para alimentar as almas dos fiéis e evangelizar o mundo não-cristão ( 2007,p.2).

O Dr. Julio Zabatiero e os organizadores do livro Teologia Sistemática, nos dizem em linguagem bem brasileira que de fato a teologia durante muito tempo foi visto pelos líderes da igreja com um olhar de desconfiança em virtude das infindáveis discussões filosóficas e teológicas como também a falta de fé de alguns teólogos. Alguns achavam que a teologia poderia levar a pessoa a perder a sua fé e suas definições eram muito complexa.

Porém esta situação tem mudado, pois várias correntes da teologia acadêmica saíram do casulo protetor do mundo acadêmico e passaram a dialogar não só com as igrejas, mas também com a sociedade, com a política, com a economia e com a cultura. A teologia saiu ás ruas e passou a caminhar juntamente com o povo de Deus, nas suas múltiplas expressões eclesiais.

Na apresentação do livro de Teologia Sistemática, os editores da Editora Vida Nova endossam essas verdades ventiladas aqui quando tratam a questão que todos os cristãos precisam de teologia. Eles dizem:

Durante muito tempo a teologia esteve confinada nos círculos acadêmicos. Sua linguagem técnica e seu rigor cientifico impediam que o público leigo, não especializado, saboreasse a boa erudição bíblica. A parte que lhe cabia era ouvir longos sermões, que nem sempre atingiam o coração dos ouvintes, muito menos a mente.

A distinção entre clérigos e leigos, sem dúvida, contribuiu para o surgimento desse abismo entre teologia e os não iniciados no saber teológico. O estudo sobre Deus e sua relação com seu povo foi se tornando cada vez mais propriedade de uma elite intelectual.

As Escrituras, no entanto, apontam outro caminho. O povo de Deus e não apenas uma parcela desse povo ( os mestres), é chamado de “ sacerdócio real”. Esse povo deve anunciar “ as grandezas daquele que [o] chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (I Pe.2.9).
Todos são estão obrigados a cumprir a Grande Comissão: Fazer Discípulos para o Mestre, ensinando-os a obedecer todas as coisas que ele ordenou (Mt.28.19,20). Todos devem renovar a mente, para experimentar a “ boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm.12.2).

Todos devem estar preparados para “ responder a todo aquele que [...] pedir a razão da esperança” que há neles (I Pe.3.15). Todos são instados a crescer não apenas na “ graça”, mas também “ no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (II Pe.3.18).

É evidente, portanto, que todos nós, povo de Deus, precisamos de teologia. Todos nós precisamos aprimorar diariamente nosso conhecimento das Escrituras. Devemos ser realmente estudiosos da Palavra de Deus. E o labor teológico nos conduz a esses fins. (2006,p.7,11,12).

Pensando assim é que o Seminário Teológico do Sul, abre as suas portas para o labor teológico e suas matizes. Entendemos que o povo de Deus deve estar preparados para responder com sabedoria a sua fé e viver com alegria e prudência a vida cristã, tendo uma cosmovisao clara a partir da Bíblia e suas implicações.
De fato como cristãos comprometido com a "Sola Scriptura", com "As Escrituras", não abrimos mãos desse legado cristão que a séculos vem transformando vidas para glória de Deus, pois somente Ele merece a glória " Soli Deo Glória". Sejam bem vindos alunos ao Blog do Seminário Teologico do Sul se sinta em casa, pois os artigos, estudos, ensaios teológicos etc. colocados aqui é para o crescimento do povo de Deus.

Pr. Carlos Augusto Lopes
Seminário Teológico do Sul - S.T.S

sábado, 18 de dezembro de 2010

A.W.PINK - A SOLIDÃO DE DEUS.

O título deste capítulo talvez não seja suficientemente claro para indicar o seu tema. Isto se deve, em parte, ao fato de que hoje em dia bem poucas pessoas estão acostumadas a meditar nas perfeições pessoais de Deus. Dos que lêem ocasionalmente a Bí¬blia, bem poucos sabem da grandeza do caráter divino, que ins¬pira temor e concita à adoração.

Que Deus é grande em sabedo¬ria, maravilhoso em poder, não obstante, cheio de misericórdia, muitos acham que pertence ao conhecimento comum; contudo, chegar-se a um conhecimento adequado do Seu Ser, Sua natu¬reza, Seus atributos, como estão revelados nas Escrituras Sagra¬das, é coisa que pouquíssimas pessoas têm alcançado nestes tem¬pos degenerados. Deus é único na excelência do Seu Ser. "Ó Senhor, quem é como Tu entre os deuses? Quem é como Tu glorificado em santidade, terrível em louvores, operando maravi¬lhas?" (Êxodo 15:11).

"No princípio... Deus..." (Gênesis 1:1). Houve tempo, se é que se lhe pode chamar "tempo", em que Deus, na unidade de Sua natureza, habitava só (embora subsistindo igualmente em três pessoas divinas). "No princípio... Deus...". Não existia o céu, onde agora se manifesta particularmente a Sua glória.

Não existia a terra, que Lhe ocupasse a atenção, Não existiam os anjos, que Lhe entoassem louvores, nem o universo, para ser sustentado pela palavra do Seu poder. Não havia nada, nem ninguém, senão Deus; e isso, não durante um dia, um ano ou uma época, mas "desde sempre". Durante uma eternidade passada, Deus esteve só: com¬pleto, suficiente, satisfeito em Si mesmo, de nada necessitando.

Se um universo, ou anjos, ou seres humanos Lhe fossem necessá¬rios de algum modo, teriam sido chamados à existência desde toda a eternidade. Ao serem criados, nada acrescentaram a Deus essen¬cialmente. Ele não muda (Malaquias 3:6), pelo que, essencial¬mente, a Sua glória não pode ser aumentada nem diminuída.

Deus não estava sob coação, nem obrigação, nem necessidade alguma de criar. Resolver fazê-lo foi um ato puramente soberano de Sua parte, não produzido por nada alheio a Si próprio; não determinado por nada, senão o Seu próprio beneplácito, já que Ele "faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade" (Efésios 1:11).

O fato de criar foi simplesmente para a manifestação da Sua glória. Será que algum dos nossos leitores imagina que fomos além do que nos autorizam as Escrituras? Então, o nosso apelo será para a Lei e o Testemunho: "... levantai-vos, bendizei ao Senhor vosso Deus de eternidade em eternidade; ora bendigam o nome da tua glória, que está levantado sobre toda a bênção e louvor" (Neemias 9:5).

Deus não ganha nada, nem sequer com a nossa adoração. Ele não precisava dessa glória externa de Sua graça, procedente de Seus redimidos, porquanto é suficientemente glorioso em Si mesmo sem ela. Que foi que O moveu a predes¬tinar Seus eleitos para o louvor da glória de Sua graça? Foi, como nos diz Efésios 1:5, ".... o beneplácito de sua vontade".

Sabemos que o elevado terreno que estamos pisando é novo e estranho para quase todos os nossos leitores; por esta razão faremos bem em andarmos devagar. Recorramos de novo às Es¬crituras. No final de Romanos capítulo 11, onde o apóstolo con¬clui sua longa argumentação sobre a salvação pela pura e sobe¬rana graça, pergunta ele: "Por que quem compreendeu o intento do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu pri¬meiro a ele, para que lhe seja recompensado?" (vers. 34-35).

A importância disto é que é impossível submeter o Todo-poderoso a quaisquer obrigações para com a criatura; Deus nada ganha da nossa parte. "Se fores justo, que lhe darás, ou que receberá da tua mão? A tua impiedade faria mal a outro tal como tu; e a tua justiça aproveitaria a um filho do homem" (Jó 35:7-8), mas cer¬tamente não pode afetar a Deus, que é bem-aventurado em Si mesmo. "...quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer" (Lucas 17:10) — nossa obediência não dá nenhum proveito a Deus.

De mais a mais, vamos além: nosso Senhor Jesus Cristo não acrescentou nada a Deus em Seu Ser essencial e à glória essencial do Seu Ser, nem pelo que fez, nem pelo que sofreu. É certo, bendita e gloriosamente certo, que Ele nos manifestou a glória de Deus, porém nada acrescentou a Deus. Ele próprio o declara expressamente, e não há apelação quanto às Suas palavra.; "... não tenho outro bem além de ti" (Salmo 16:2; na versão usada pelo autor, literalmente: "... a minha bondade não chega a Ti").

Em toda a sua extensão, este é um Salmo sobre Cristo. A bondade e a justiça de Cristo alcançou os Seus santos na terra (Salmo 16:3), mas Deus estava acima e além disso tudo, pois unicamente Deus é "o Bendito" (Marcos 14:61, no grego).

É absolutamente certo que Deus é honrado e desonrado pelos homens; não em Seu Ser essencial, mas em Seu caráter oficial. É igualmente certo que Deus tem sido "glorificado" pela criação, pela providência e pela redenção. Não contestamos isso, e não ousamos fazê-lo nem por um momento.

Mas isso tudo tem que ver com a Sua glória declarativa e com o nosso reconhecimento dela. Todavia, se assim Lhe aprouvesse, Deus poderia ter continuado só, por toda a eternidade, sem dar a conhecer a Sua glória a qualquer criatura. Que o fizesse ou não, foi determinado unicamente por Sua própria vontade.

Ele era perfeitamente bem-aventurado em Si mesmo antes de ser chamada à existência a primeira criatura. E, que são para Ele todas as Suas criaturas, mesmo agora? Deixemos outra vez que as Escrituras dêem a resposta: "Eis que as nações são consideradas por ele como a gola dum balde, e como o pó miúdo das balanças: eis que lança por ai as ilhas como a uma coisa pequeníssima. Nem todo o Líbano basta para o fogo, nem os seus animais bastam para holocaustos.

Todas as nações são como nada perante ele; ele as considera menos do que nada e como uma coisa vã. A quem pois fareis semelhante a Deus: ou com que o comparareis?" (Isaías 40:15-18). Esse é o Deus das Escrituras; infelizmente Ele continua sendo o "Deus desconhecido" (Atos 17:23) para as multidões desatentas. "Ele é o que está assentado sobre o globo da terra, cujos moradores são para ele como gafanhotos; ele é o que estende os céus como cor¬tina, e os desenrola como tenda para neles habitar; o que faz voltar ao nada os príncipes e torna coisa vã os juízes da terra" (Isaías 40.22-23). Quão imensamente diverso é o Deus das Escri¬turas do "deus" do púlpito comum!

O testemunho do Novo Testamento não tem nenhuma dife¬rença do que vemos no Velho Testamento; como poderia ser, uma vez que ambos têm o mesmo Autor! Ali também lemos: "A qual a seu tempo mostrará o bem-aventurado, o único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores; aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver: ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém" (1 Timóteo 6:15-16). O Ser que aí é descrito deve ser reverenciado, cultuado, adorado.

Ele é solitário em Sua majestade, único em Sua excelência, incomparável em Suas perfeições. Ele tudo sustenta, mas Ele mesmo é independente de tudo e de todos. Ele dá bens a todos, mas não é enriquecido por ninguém.
Um Deus tal não pode ser encontrado mediante investigação; só pode ser conhecido como e quando revelado ao coração Espírito Santo, por meio da Palavra.

É verdade que a criação manifesta um Criador, e isso com tanta clareza, que os homens fi¬cam "inescusáveis" (Romanos 1:20); contudo, ainda temos que dizer com Jó: "Eis que isto são apenas as orlas dos seus cami¬nhos; e quão pouco é o que temos ouvido dele! Quem pois en¬tenderia o trovão do seu poder?" (Jó 26:14). Cremos que o argumento baseado no desígnio, assim chamado, argumento apre¬sentado por "apologetas" bem intencionados, tem causado mais dano que benefício, pois tenta baixar o grande Deus ao nível do entendimento finito e, com isso, perde de vista a Sua singular excelência.

Tem-se feito uma analogia com o selvagem que achou um relógio e que. depois de um detido exame, inferiu a existência de um relojoeiro. Até aqui, tudo bem. Tentemos ir mais longe, porém. Suponhamos que o selvagem procure formar uma concepção pessoal desse relojoeiro, de seus afetos pessoais, de suas maneira, de sua disposição, conhecimentos e caráter moral — de tudo aquilo que se junta para compor uma personalidade.

Poderia ele chegar a imaginar ou pensar num homem real ___ o homem que fabricou o relógio — de modo que pudesse dizer: "Eu o conhe¬ço"? Fazer perguntas como esta parece fútil, mas estará o eterno e infinito Deus tanto mais ao alcance da razão humana? Real¬mente, não. O Deus das Escrituras só pode ser conhecido por aqueles a quem Ele próprio Se dá a conhecer.

Tampouco o intelecto pode conhecer a Deus. "Deus é espí¬rito..." (João 4:24) e, portanto, só pode ser conhecido espiri¬tualmente. Mas o homem decaído não é espiritual; é carnal, Está morto para tudo que é espiritual. A menos que nasça de novo, que seja trazido sobrenaturalmente da morte para a vida, miraculosamente transferido das trevas para a luz, não pode sequer ver as coisas de Deus (João 3:3), e muito menos entendê-las (1 Coríntios 2:14.

E mister que o Espírito Santo brilhe em nossos cora¬ções (não no intelecto) para dar-nos o "... conhecimento da gló¬ria de Deus, na face de Jesus Cristo" (2 Coríntios 4:6). E até mesmo esse conhecimento espiritual é apenas fragmentário. A alma regenerada terá de crescer na graça e no conhecimento do Senhor Jesus (2 Pedro 3:18).

A nossa principal oração e finalidade como cristãos deve ser que possamos "... andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus" (Colossenses 1:10).

EXTRAÍDO DO LIVRO OS ATRIBUTOS DE DEUS
EDITORA PES